terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

The Exterminators


Os caras aqui são chegados a uns nomes pomposos. Há poucos dias, tarde da noite, durante a minha ralação habitual (estudo, contas, bancos, emails, fotos, blog, etc...), tive a sensação de ter uma companhia dentro do meu quarto. A calefação faz uns ruídos aleatórios de vez em quando e às vezes quando estou com o pensamento longo, me assusto. Mas aquele ruído parecia acontecer num ritmo diferente, mais constante. Não parecia ser do aquecimento. Mais um pouco, tive a certeza. Levantei da cadeira e arranquei o saco de lixo da boca do roedor. Já tinha visto uma armadilha largada em um canto escondido aqui do quarto. Assim, armei a mesma, com um pedaço de queijo (uma lasca de Grana - quite sofisticated, no?), para tentar pegar o meu roomate. Em seguida mandei um email para a nossa gerente. Dentre tantas regras da casa, uma delas é que visitas têm horas determinadas para entrar e sair, e devem ser registradas em uma folha na entrada. Não quis perder a oportunidade da piada e da ironia. Relatei na mensagem que tinha descumprido a regra da casa e tinha recebido uma visita à noite. Não tinha registrado a mesma, dado ao inusitado do evento, e que seu nome era incerto.

No dia seguinte encontrei a nossa gerente, com grande cara de mal estar e perplexidade (vai dizer que nunca soube da presença destas visitas por aqui!?). Me disse que poderia ficar tranquilo, que os "The Exterminators" (sim o termo usado foi este mesmo) já estavam a caminho. Mais tarde me confirmou a vinda dos mesmos e que haviam sido colocados mais "Detectors". Sim este é o nome da ratoeira de madeira vagabunda que eles usam, similares as nossas, com a diferença que tem um queijo "fake" (claro!), de plástico. Assim como as nossas, não pegam nada, além de helicopteros (??? vide parágrafo abaixo) e os dedos desajeitados de quem monta as mesmas.

Até agora tivemos dois resultados práticos. A armadilha que montei estava desarmada dois dias depois e sem o queijo (não sei se foi a faxineira que tirou porque achou estranho este método natural que tinha tentado, ou se o bichano foi mais esperto). Uma outra preparada pelos Exterminators, foi desarmada pelo pouso afoito do meu Helicoptero de controle remoto (este é o meu mais novo brinquedinho para desestressar), que teve a sua asa decepada.

Passada uma semana não tivemos mais visitas dos The Exterminators, e convivo com Detectors espalhados por todos os cantos. Acho que o visitante foi pra outras bandas. Ainda bem, porque a julgar pela dedicação dos profissionais que cuidam do caso, se alguma armadilha por ventura vier a funcionar, sou eu que vou ter que tomar as providências.


E assim, a vida segue, com um helicóptero a menos...

2 comentários:

  1. Como assim, você tem um amigo roedor e não me contou??!! adorei o texto.
    PS: Meu maridon tbem adora pilotar essas máquinas vamos combinar uma tarde?
    Bjocas

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  2. Luizinho querido,

    Com grana padano na ratoeira, nem Agatha Christie vai desvendar este mistério.

    Por favor, não escreve muito. Tenho vícios demais para acrescentar seu blog à minha coleção. Te cuida Moacyr Scliar!

    Beijos,
    Paula Kamp.

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